Policial se mata ao vivo pelo Facebook e alega que não aguenta mais ficar sem receber o salário

  • 08:04
  • 30 janeiro 2017

  • Politico mata sem sujar as mãos. As falcatruas e roubalheiras que tomaram conta do país estão provocando mortes e não é possível escondê-las ou jogá-las para baixo do tapete.

    A mais recente é a de um policial militar, Douglas de Jesus, 28 anos, que se matou ao vivo pelo Facebook e alegou que não aguentava mais viver sem receber o salário. Ele era funcionário público do Rio de Janeiro.

    Como ele, muitos já se mataram por causa da crise econômica que atingiu o país. Crise causada pela roubalheira.

    Na minha época de repórter fiquei sabendo de muitos suicídios e o jornal noticiou apenas aqueles que envolviam pessoas que de alguma maneira tinham um papel público na sociedade. A justificativa era que ao divulgar o suicídio você estaria incentivando a prática.


    Agora, tudo mudou. As pessoas estão mostrando a própria morte pela Internet. Douglas de Jesus sofria de depressão, mas com certeza não foi só a doença que o empurrou para a morte. O sentimento de impotência de trabalhar todos os dias e não receber há vários meses o impulsionou para a morte.

    Para mim, como mãe, trabalhadora e mulher também fica o sentimento de desilusão e de incredulidade diante de homens que foram eleitos pelo povo e que mancharam a própria honra por causa de dinheiro, que é necessário sim para sobreviver, mas não para o luxo.

    Essas pessoas se corrompem apenas pelo gosto de passearem com um carro caro, um relógio de marca ou um sapato de uma marca famosa e esquecem que a alegria da vida está nas pequenas coisas.Lamento pelo Douglas, mas também pelos políticos que ficarão na história como os maiores quadrilheiros da história do país.

    Ao mesmo tempo, acredito que é preciso analisar o que vemos nas redes sociais e de que maneira esses fatos afetam a nossa vida. O Facebook está disponível para os nossos filhos a qualquer hora do dia. Vale a pena acompanhá-los, porque afinal não existe apenas fotos de felicidade na rede social. Todo cuidado é pouco para garantir a estabilidade emocional de nossas crianças.

    12 livros para 2017

  • 15:23
  • 29 janeiro 2017




  • Cinco motivos para ler - Cem Anos de Solidão

  • 12:09
  • 28 janeiro 2017

  • Um dos meus livros preferidos da vida completa 50 anos este ano e as comemorações já estão a todo vapor. Este mês, na cidade de Cartagena, vários famosos leram trechos da obra de Gabriel Garcia Marquez que narra a trajetória da família Buendia durante 100 anos na cidade de Macondo.

    Um livro que você deve estar preparado para ler. A primeira vez que li, aos 14 anos, achei uma verdadeira chatice e não entendi o motivo da obra fazer tanto sucesso.

    Em 2015, peguei novamente e fiquei apaixonada. Impossível não admirar os personagens que entram e saem de Macondo. O pai, os filhos e os netos com suas trajetórias no amor, na traição e na saudade.

    Admiração eterna por Úrsula a matriarca do clã que vê sua família nascer e acompanha cada dor e alegria de cada um dos seus entes queridos.


    1- O livro é  o pioneiro do realismo fantástico  na literatura latino americana e já foi traduzido para 35 idiomas

    2- O autor, Gabo,  ganhou o prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto de sua obra, em 1982. É dele também o "Amor nos Tempos do Cólera".

    3- Você descobre as características da América Latina entranhadas nos personagens que vivenciam guerras, amores e desilusões.

    4- Gabo era jornalista, sempre viajou e leu muito . Ele sofreu influências de Franz Kafka, o mexicano Juan Rulfo e o norte-americano William Faulkner.

    5- Quando você termina de ler o livro, a solidão dos personagens toma conta do seu coração. Não uma solidão pesada, mas de saudade de cada uma daquelas pessoas que como você chora e ri ao mesmo tempo com as alegrias e dissabores da vida.

    Ainda não ficou convencido? Abra o livro, leia as dez primeiras páginas e depois me conta se você conseguiu desgrudar dele. Paz e beijos

    Chico Pinheiro ou Léo Dias: duas polêmicas que nos fazem refletir sobre o papel do jornalista

  • 14:56
  • 07 janeiro 2017


  • Ontem, quando Chico Pinheiro encerrou o jornal Nacional comemorando a sexta-feira eu comentei com o meu marido: "Ele é melhor que o William Bonner, mais natural".

    Graças a Deus que hoje é sexta-feira. É vida que segue”, ele disse e ao se levantar, fez o sinal de paz e amor, comemorando o fato de ser sexta e estar no fim do expediente.

    Um comentário simples e por isso não me surpreendeu quando toda a Internet comemorou o encerramento bem humorado dele. O que eu achei interessante foram os comentários das pessoas: "Alguém normal" ou "gente como a gente",
    Como jornalista posso dizer que somos gente sim. Chico Pinheiro, 63 anos, também é gente, é normal e trabalha duro todos os dias para as pessoas receberem em casa notícias fresquinhas. Em março do ano passado, ele recebeu ao vivo a ligação do Rodrigo Bocardi, do Bom dia São Paulo, às 6h40, porque se atrasou para o trabalho, como qualquer ser humano. 

    Chico, estou aqui ao vivo no programa e no viva-voz. Estou esperando você aqui no jornal para o nosso bate-papo. Cadê? São 6h38 e você não apareceu ainda”, disse Bocardi

    O colega que é torcedor do Atlético Mineiro retrucou : 

    Acontece que hoje é dia de Galo. Nós estamos em festa. Mas estamos aqui acordados, vivos, preparando o Bom Dia Brasil".


    Então, jornalista não é estrela, mesmo estando na rede Globo. Ele não tem camarim especial, não pode fazer propaganda para ganhar uns trocados a mais e ainda tem que enfrentar muitos xingamentos, um deles, eu sempre ouvi durante as minhas reportagens, principalmente as de assassinato: "chegou o urubu para pegar a carniça". Vale lembrar que o jornalista não comete as atrocidades, as corrupções e os crimes. Ele apenas divulga o fato.


    Léo Dias e a "notícia" sem provas

    Interessante, que ao mesmo tempo que Chico Pinheiro bomba nas redes sociais por causa de um comentário sobre a sexta-feira, outro jornalista vira alvo de polêmica. Léo Dias, que vive de fofocas sobre artistas, do jornal "O Dia",  fez comentários a respeito de Danielle Winits, sem provas, sem checagem e ela retrucou desmentindo o rapaz.


    Léo Dias não se conteve, apelou feio e falou sobre fatos íntimos da atriz. Novamente, sem provas.


    O marido dela, o André Gonçalves, entrou na briga e ameaçou Léo. Gravou um vídeo dizendo que iria quebrar a cara dele. Já Zezé Di Camargo se intrometeu na briga e apoiou o André.


    Dois fatos sobre jornalistas para você ler e refletir sobre o verdadeiro jornalismo e saber avaliar quem é o profissional que cumpre bem o seu papel. 

    Aos 50 anos, Janet Jackson é mãe pela primeira vez, então Içami Tiba nela

  • 11:56
  • 05 janeiro 2017

  • Quando eu vi a notícia que Janet Jackson, irmã de Michael Jackson, é mãe aos 50 anos minha mente voou e eu logo pensei: Ficou cuidando da carreira e só agora resolveu ter filhos.
    A irmã do rei da Pop é casada com o empresário Wissam Al Mana e Eissa é o primeiro filho do casal.
    Essa é uma opção que muitas mulheres fazem hoje em dia e não dá para ficar julgando a decisão de cada uma delas.
    Eu fui mãe aos 22 e aos 34 e posso dizer que tem muita diferença, principalmente, na hora de educar as crianças. Aos 22 você é firme, aos 34 você é maleável e nem sempre a maleabilidade é boa na hora de educar.
    Assim como Janet Jackson outras famosas também tiveram filho aos 50.

    Em 2011, a atriz Solange Couto foi mãe aos 54 anos de idade

    A apresentadora Márcia Goldsmith, aos 50, teve gêmeas

    Ter um filho é a maior responsabilidade do mundo. Vale lembrar, que o ideal, segundo a medicina, é ter filhos até os 34 anos para evitar riscos para a mãe e o bebê.
    Mas, ninguém discute, ser mãe é o maior presente de Deus e você também descobre o verdadeiro amor quando tem seu bebê no colo.
    Para curtir todos os bons momentos é necessário saber educar, afinal eles não vem com manual.


    Nesta hora, eu recorro aos livros e tem um que eu sempre deixei na cabeceira da cama: "Quem ama educa", de Içami Tiba. Mãe novamente aos 34 anos eu pecava na hora de impor limites e o livro me ensinou muito.

    Frases de Içami para você refletir sobre a educação dos filhos.

    " Ser mãe é algo que demanda, acima de tudo, tempo."
    "Criar uma criança é fácil, basta satisfazer-lhe as vontades. Educar é trabalhoso."
    "A educação não pode ser delegada somente à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre"

    Perdão, Leonard Peacock, de Matthew Quick

  • 09:12
  • 03 janeiro 2017

  • O adolescente está se matando. Volta e meia vem a notícia de que alguém pulou do prédio, se enforcou ou usou a  arma da família para tirar a própria vida. O garoto que atenta contra a vida entra na estatística da Organização Mundial de Saúde que alerta: Todo o ano, 1 milhão de jovens morrem no mundo, 7% deles cometeram suicídio.
    Os casos não saem nos noticiários porque a mídia acredita que ao relatar casos como esse, estará incentivando outras pessoas a praticarem o mesmo ato.
    Suicídio é o tema principal do livro "Perdão, Leonard Peacock" de Matthew Quick. Léo acorda no dia do aniversário decidido: vai se matar e vai levar junto para o túmulo um bonitão da escola, o seu ex-melhor amigo.
    Antes de cometer a barbaridade, ele resolve presentear quatro amigos e embrulha os presentes em papel rosa. O primeiro da lista é um aposentado e viciado em cigarro que mora na casa ao lado. Ele ama Humphrey Bogart. Ele e Leo assistem os filmes do ator que fez sucesso na década de 1940 e atuou em Casablanca ao lado de Ingrid Bergman. Olha a foto deles ai genteeee.


    O segundo a ser presenteado é um iraquiano que toca violino. Depois é a vez de uma garota cristã por quem Léo tem uma quedinha. Por último um professor que entende os alunos.

    O que eu achei?
    A narrativa do livro é mesclada entre presente e passado e flui maravilhosamente. Léo emociona o leitor quando lembra da mãe, uma ex-modelo egoísta que pensa apenas em transar. Dá vontade de matá-la porque ela não dá a menor importância ao filho.
    Tem também as notas de rodapé que esclarecem sobre os personagens e os momentos que eles viveram. São excelentes e dariam um livro a parte. Também adoro quando o livro traz referências do passado, como os filmes de Bogart.
    Você também conhece as cartas do futuro. Um exercício proposto pelo professor Herr Silverman que você pode adotar na sua vida quando você estiver deprê. Imagine que você  tem um filho no futuro e recebe uma carta dele. O que a carta dessa pessoa amada diria a você? Léo recebe carta imaginária da filha. Muito lindo. O livro mantem o suspense. Você vai descobrir porque Léo quer cometer suicídio no final da narrativa. Enfim, um livro que emociona e confesso, me levou as lágrimas. 


    O mesmo que escreveu "O Lado Bom da Vida", filme estrelado por Jennifer Lawrence e Bradley Cooper. Escritor, professor de literatura inglesa e treinador de futebol e basquete. Ele largou tudo para ser escritor e a gente o agradece por isto, porque ele tem feito livros ótimos.. Quando escreveu "Perdão, Leonard Peacock" ele disse que tem certeza que cada escola tem um Lèo que precisa ser identificado e ajudado.

    Tecnologia do Blogger.